sexta-feira, 24 de abril de 2009

Um minuto;

Sessenta segundos. Respiração ofegante, estou perdendo o folego. Tento ir mais rápido conforme o tempo passa, mas meu corpo parece querer exatamente o contrário.
Quarenta e sete segundos, eu ainda acredito que seja possível. Corro o mais depressa que jamais o fiz, desrespeitando os limites de um físico exausto.
Trinta e dois segundos. Continuo correndo, o desespero e o cansaço consumindo cada célula ainda viva do meu corpo.
Vinte e um segundos, reduzo minha velocidade, entretanto a esperança nunca esteve tão presente.
Treze segundos, e a esperança enfim está abalada. Já caminho lentamente, apenas para não me render.
Quatro segundos, cheguei ao meu limite.
Um segundo, o corredor fica cada vez mais sombrio, embora ainda haja raios de luz que alimentam falsas esperanças.
E então, zero. A luz se apaga, e realmente o fim.

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